A residência K7 foi implantada num terreno em declive. O projeto buscou privilegiar a potente amplitude visual da paisagem. A topografia acentuada do terreno condicionou a criação de um grande jardim de entrada, distribuído em taludes e patamares, que permite o ajuste dos níveis do terreno. Dessa leitura, surgiu a imagem de um volume longilíneo, paralelo à via principal, com amplos e esbeltos beirais formando varandas generosas. A construção foi elevada até a cota mais alta do terreno, possibilitando um pavimento inferior camuflado por taludes de vegetação e muros de pedra, onde foram locadas as áreas sociais, saunas, spa, piscina e área de lazer.
Há duas opções para se acessar a entrada da casa: percorrer um caminho frontal de acesso ao hall do superior ou seguir pelo caminho em nível que dá acesso à área de lazer.
Como uma das premissas programáticas, era essencial que as salas de estar e jantar fossem amplas para a recepção dos convidados. Com isso em mente, pilares pousados sobre as extremidades oportunizam um generoso vão livre central de 19 metros de largura, onde o fechamento é realizado por folhas de vidro, sublinhando leveza ao conjunto.
Poucos materiais foram selecionados para compor a palheta de acabamento: madeira para os forros e beirais, pedra para muros e paredes de destaque, textura em cimento queimado para as paredes internas e vigas metálicas aparentes.